segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

CONQUISTA DA GCM AMEAÇADA - PREFEITO MANDA A CÂMARA MUNICIPAL PROJETO DE LEI QUE ACABA COM A GNE.

   
Vereadores foram pegos de surpresa com o pedido de revogação da Lei da GNE
    No dia 18/12, entrou para apreciação na Câmara um projeto enviado pelo executivo municipal, com mensagem assinalada  pelo prefeito para a revogação da lei complementar nº 28 de Abril de 2011, a mesma, altera os dispositivos da Lei Complementar nº 25, de dezembro de 2011, essas mencionadas Leis, foram garantidas após inúmeros debates de discussões com o Administrativo Municipal para melhorar ou pelo menos equiparar o nível salarial recebido hoje pelo GCM de São José de Ribamar com a média nacional, essa conquista denominou-se como GNE - Gratificação de Natureza Especial, e que hoje é considerada por todos os dirigentes da categoria, um dispositivo administrativo de avanço contra o arrocho salarial promovido pelas prefeituras em relação a segurança publica do município em nível nacional.

   O fato é que de forma surpreendente o prefeito assinala para a Câmara Municipal que deve voltar atrás em suas decisões, da mesma forma que mandou aprovar a Lei da GNE, manda imediatamente revoga-la, no ultimo dia de sessão ordinária na casa, sem qualquer discussão com a categoria nem como os legisladores, empreendendo como sempre o caráter que essa gestão tem de perseguição aos que não concordam com sua política de destruição do patrimônio publico e desvalorização do servidor.

    O Vereador Teté Vieira, sensibilizado com a luta da categoria, e líder da oposição na Câmara Municipal, se reportou de forma nobre e responsável ao Presidente do SINDGUARDA, Mauro Sergio Correa, e por telefone deu conhecimento a categoria, do que se tratava o projeto de lei que acabava de chegar as suas mãos para ser avaliado pela comissão interna que preside, com vistas a prestar parecer favorável a revogação da Lei. Prontamente toda a diretoria mesmo pega de surpresa compareceu a Câmara e explicou ao vereador Teté que a revogação da lei cassaria a maioria dos direitos conquistados pela categoria durante esses dois últimos anos e ainda daria fim a um ganho próximo que o sindicato pleiteia junto a Justiça com a causa da Lei Federal que garante o adicional de periculosidade para a GCM de todo o Brasil.
Vereador Teté tem atuado na Câmara Municipal em defesa dos interesses dos Ribamarenses
   Após os esclarecimentos o Vereador Teté conseguiu que a Lei não entrasse na pauta do dia e esticou o prazo para exposição do parecer da sua comissão, para o retorno dos trabalhos após o recesso da Câmara de fim de ano, o vereador mostra-se convencido que os ataques do governo Gil Cutrim ao servidor, tem-se mostrado constante, e todos tomando como via direta a Câmara Municipal, que infelizmente, assim como a categoria foi pega de surpresa com mais um golpe, retirando direitos conquistados em mesa de negociação junto com as categorias.

    O vereador Teté também atuou exaustivamente na analise da aprovação da LOA 2015, enfatizando pontos em abertos e negativos em sua composição orçamentária que até então não teve acompanhamento das entidades sindicais que representam os professores e funcionários da saúde  a respeito dos respectivos aumentos esperados pelas categorias a partir de janeiro de 2015 e que parece claramente não entraram na dotação orçamentária.
projeto de lei retoma o fantasma das 160 horas para 2015
   O projeto de Lei 980/14 que revoga a lei da GNE, vem a contraponto de todo o entendimento já feito com a Administração e promove um verdadeiro retrocesso em todos os 2 anos de luta da categoria em favor da melhor qualidade na segurança publica, torna o servidor escravo em sua carga horária excessiva, sem nenhuma possibilidade de aumento salarial. Algumas alterações propostas pela nova Lei são:
  • Imposição do cumprimento ao Estatuto do Servidor a carga horária de 40 horas semanais, sem possibilidade de aumento a não ser por decreto do Prefeito.
  • Entendimento na nova redação de que a GNE comporta o trabalho periculoso, excluindo qualquer possibilidade de aumento em virtude da Lei Federal 12.740/2012 que determina o pagamento de 30% adicional baseado no salário base.
  • Redução do percentual inicial para 50% ao invés dos antigos 77%, estando trabalhando na carga horária máxima estabelecida em Lei, impossibilitando qualquer tipo de negociação sobre aumento para atingir o seu percentual sem levar em consideração o aumento da carga horária excessiva.
Aumento da carga horaria e diminuição da porcentagem de 77 para 50
    O SINDGUARDA esteve presente na sessão como forma de esclarecer o fato aos vereadores e forçar um entendimento de que a Lei prejudicaria toda a categoria GCM, mas infelizmente somente o Vereador Teté conseguiu ganhar tempo, para que a direção pudesse analisar uma forma de reverter a decisão na Câmara e tentar barrar a revogação da Lei. “Esse é o primeiro ataque de Gil contra as entidades de classe aqui em São José de Ribamar, e um desrespeito a 400 pais de família que vão entrar o ano preocupado com a desvalorização dos seus vencimentos, profissionais que sacrificam suas vidas todo dia, não podem ficar calados aos desmandos dessa gestão, ainda bem que o Vereador Teté, a quem agradeço em nome de toda a categoria, com muita coerência, conseguiu ganhar tempo em sua comissão, ao contrario não teríamos como tentar reverter à situação” - desabafou o Presidente Correa na galeria da Câmara Municipal.

    A Lei continua na Câmara Municipal e pode entrar na pauta a qualquer momento dependendo de um pedido do Executivo para votação em uma sessão extraordinária, o que para o atual Prefeito é muito simples, já que a maioria das afrontas ao servidor público são jogadas em horas inesperadas impedindo qualquer organização contra os desmandos da Gestão. “O sindicato mantém sua postura de dialogo e estará atento a votação dessa Lei, enquanto isso organizaremos uma grande reunião com os vereadores para esclarecer sobre a real situação da Lei, e o desacordo da categoria em relação a sua revogação” - Afirmou Herbeth Oliveira, representante das lutas da GCM na Câmara e ex-diretor do SINDGUARDA.

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